27 de fevereiro de 2013

Equipamento nacional


ARESTA - Equipamentos de alto desempenho e durabilidade!

Mochila Aresta Pedra Branca 35 litros Foto: Norberto Kuhn.

Uma nova marca de equipamentos no mercado é fabricada em Santa Catarina. A Aresta Equipamentos para Aventura, de Florianópolis, fabrica equipamentos para escalada, montanhismo e cicloviagens. São mochilas, sacos para corda, crash pads, alforjes para bicicleta e outros acessórios para pedalar, escalar ou caminhar.

São produtos resistentes, de longa vida útil, feitos por quem pratica essas atividades e pensados com base nas necessidades desses esportes. Os equipamentos são produzidos com materiais de qualidade e alta tecnologia, como o tecido Cordura, garantia de maior durabilidade, zíperes de ponta e fitas e engates duráveis. Os equipamentos têm acabamento primoroso e costura dupla, o que amplia a resistência, e são feitos principalmente com matéria-prima brasileira.

25 de fevereiro de 2013

Reconquistando o novo. Ou conquistando o velho?



Por: Rian Mueller - Balneário Camboriú

“Mês de novembro, 2012, foi realmente chuvoso. Daqueles períodos que atrasam projetos e deixa você com sede nos dedos. Mas, uma das primeiras lições que tive quando me machuquei e tive que ficar afastado da escalada foi: Dedicar o tempo para fazer coisas que você simplesmente procrastina quando está podendo escalar.” 

Cachalote, via que nomeou o setor inteiro, fica no Morro da Aguada, este é o verdadeiro nome do contemporâneo Morro do Teleférico de Balneário Camboriú.

Devo ter conhecido esta via no ano de 1997. Porém na época, era uma via, para mim, muito forte. Lembro de naqueles anos, ir várias vezes e sempre "travar" no esticão entre a terceira e quarta proteção. Lance longo, que, se eu tivesse noção de uso e algum móvel, era ali para usa-lo. 


Fui me informar sobre seus conquistadores, por pura curiosidade. Foi a primeira geração de escaladores de Balneário, Eliseu Pavesi, Fabio Santos, Marcelo Ferreira e cia. Iniciaram a conquista desta em 1993, terminando apenas em 1995. 
De lá pra cá as sapatilhas viraram ventosas, mosquetões e friends ficaram mais leves e cheios de performance, cordas mais finas e maleáveis e a Cachalote, bem, essa em particular nada mudou, seu gostinho de aventura e probabilidade de bons voos atravessaram décadas. 
Da mesma época é a via Estalos no Salão, um artificial de A2 bem técnico (parece até mais difícil), peças miúdas, em um teto impressionante. Quem limpa “se bate” tanto quanto quem guia.

Bem, foram muitas idas e quedas até sair o lance da Cachalote, mais tempo ainda até eu encadenar aquela via, o que deve ter acontecido em 2001 (acho). Porém, depois disso, por anos o setor ficou parado. Fecharam o morro quando o Parque Unipraias soube que escaladores “subiam as pedras”. Mas com boa conversa entre a Associação Litorânea de Escalada e Montanhismo – ALEM e o pessoal do Parque, o setor estava liberado novamente.

Pelo que lembro, em 2001, iniciei na pedra ao lado da Cachalote, uma conquista, daquelas de ir de baixo, clifs e estribos. Um presente. Comecei batendo na mão a primeira proteção, um grampo de 10mm, num negativo que hoje está graduado como 7c. "Ops, grampo está um pouco frouxo no buraco, que merda. Vamos voltar com uma chapinha para calçar". No outro final de semana estávamos lá aos pés da via para retomar os trabalhos. Me deparo com o que foi a primeira cena de falta de ética que vi, a nossa conquista foi metralhada. Estava toda grampeada, a via inteira. 

Depois de alguns anos soubemos se tratar de uma pessoa que veio rapelando de cima durante a semana e foi descendo grampeando a via toda no rapel. Deixou o crux mal protegido, ignorou o inicio de conquista, (vindo de cima realmente não iria ver o furo na saída, porém fez questão de bater um grampo a 20 cm do que fiz).


Apesar de ter sido dada um nome pelo pseudo-conquistador, chamamos ela de Éticanalha, hoje liberada, proteções melhoradas para mandar em livre. 7c lindo com baita visual da cidade. Ao lado direito desta existe uma variante que pode dar um 8a, também regrampeada já.
Quando o Daniel Acruche Fernandes veio morar na cidade, deu mais um up pro setor, abrindo as Moby Dick (VIIIa) e Jubarte (faltando ainda pouco pra finalizar). Isto deve ter sido em 2007/2008.

E mais uma vez o setor ficou sem frequentadores. Trilha fechou, musgo escondeu os regletes e os espinhos tomaram conta dos espaços abertos.
Então, de acordo com inicio do meu texto, decidi num dia de chuva em novembro de 2012, pegar o facão e reabrir a trilha. Realmente bem fechada. Três dias de trabalho para deixar ela boa novamente. Tenho que agradecer a Tamara Hernandes que se dedicou também para manutenção. Com a trilha aberta era hora de limpar as vias e regrampear a Cachalote (devidamente autorizada pelo Fabio Santos). 



Com o camarada José Satiro, começamos a regrampear e limpar toda primeira cordada desta. Muito musgo fez parecer que simplesmente não havia uma via ali. Na quinta proteção, meio da transversal, olhei pra cima e relembrei uma vontade antiga, de escalar uma linha natural que ia subindo o que parecia um diedro cego, que vai inclinando até virar um teto. Lá fomos nós, conquistando aquela linha que saiu no meio do trabalho em um clássico das escaladas de SC.


Com boas agarras, lances verticais, uma boa leitura fará você chegar no crux de braços relaxados. Sim, é daquelas vias que o crux está reservado para o final, das que você para logo antes do crux, respira fundo e seu corpo fica mais pesado apenas por pensar no repetir toda a via caso caia ali no finalzinho. Crux técnico, cotado como VIIc. Como quase todas as vias do setor, é justamente na “viradinha”, quando a parede fica mais positiva, que o negocio faz você ter que acreditar no pé, beliscar forte o reglete e dar uma chance ao equilíbrio.  ATLÂNTICA, esse é o nome da nova via. Com visual de dar inveja a qualquer cobertura da Avenida Atlântica e fazendo também referência ao segundo maior dos oceanos e que está logo ali, basta parar naquele “agarrão” e dar uma olhadinha para traz.



Betas: Escale-a na sombra. Vá cedinho que o sol só começa a bater na parede exatamente ao meio dia, tempo de sobra para uma dupla repeti-la. Leva 15 costuras (4 delas de 60cm) e mais Camalots #.75 #1 e #2. Uma boa cordada de 40 metros. Com uma corda de 60 metros você chega no chão num rapel só, vai por mim.  

Setor é lindo, vias de excelente qualidade e que exigem boa concentração para as cadenas. Melhor visual da cidade com certeza é da metade das suas cordadas, não tem igual.


A trilha está bem marcada e aberta, não precisa retirar nem cortar nada. O lugar é lindo e seria legal sempre voltarmos trazendo um lixinho que os "amigos" turistas deixam "cair" do mirante lá na base da via.

Divirtam-se  =D

15 de fevereiro de 2013

FLASH CORUPAX


A temporada no sertor Braço Esquerdo segue surpreendendo.
O destaque dos últimos dias ficou por conta da escaladora paulista Janine Cardoso que mandou em "flash" as vias Duro na Queda 9b e Seixo-no-ia 9c.


"Nossa, a Seixo foi uma luuta para crescer no primeiro regletinho...fui e voltei umas 3 vezes...ate q usei um buraco na direita p subir o pé esquerdo e pegar bem no reglete... Aí tudo clareou ate o final... 
Daniel, valeu o incentivo para entrar na Seixo, foi bem loco e muito trabalho mental para entrar no crux final! Linda via! ESCALADA SINCERA e PLENA para guardar no peito!" 



Da minha parte, posso dizer que foi um privilégio poder registrar essa escalada e vibrar junto com todos os presentes essa incrível cadena. 
Realmente INSPIRADOR!!!

Parque Natural Braço Esquerdo escalada para totos os gostos!!!

Vinícius Attuy (Cotozinho) na via Infinita Tristeza 9c - KDNA





Lucas Trotta (Garrinha) voando na via Super Paust 10a - KDNA

  



Michelle Duarte via Pedra Lascada 9a



Cainã Moreira malhando a Estação Perdida 8b



Gabriel Jansen apertando na via Humildade no Ar 10a



Cada vez mais perto!!! Malhando a Skavurska 10b











6 de fevereiro de 2013

Quente ou frio?? Temporada 2013

O montanhismo é um esporte regrado pelas condições climáticas. As escaladas são planejadas de acordo com tipo de clima escolhido. 
Cada lugar tem, por assim dizer, sua "temporada", onde durante certo período de tempo, pode-se esperar pelas melhores condições para desfrutar de uma montanha.

Para muitos brasileiros, a temporada de verão segue rumo ao sul em busca de dias mais frios e secos. Um dos destinos preferidos para essa época é a Cordilheira dos Andes.

1. Fitz Roy

E foi nessas terras austrais, na Patagônia, que deu-se uma das mais impressionantes conquistas feita pelo montanhismo brasileiro, a ascensão do Fitz Roy por uma nova linha batizada de "Samba do Leão", feita pelos escaladores brasileiros Sergio Tartari e Flávio Daflon e o argentino Luciano Fiorenza .
Trata-se de uma via com aproximadamente 1.300 metros de extensão, totalmente em livre com grau máximo de 6c, aberta em 3 dias de estilo alpino....incrível!!!!
Para saber mais sobre essa escalada veja a matéria no site da prestigiada revista espanhola Desnível.

Sérgio e Flavio no cume! 

Em amarelo a nova via.

2. Vulcão Lanin

Aproveitando a temporada andina, os joinvilenses Rubens Schroeder, Alberto Dias e Jaison Budal Arins escalaram  o Vulcão Lanin. 

"Saímos do Brasil no dia 27/01/2013 para uma viagem ao Chile, onde tínhamos por objetivo aproveitar as férias com muita aventura e conhecer lugares novos. O espírito de montanhista que carregamos no peito não poderia deixar de fora um objetivo principal, fazer o cume do Vulcão Lanin na fronteira do Chile com Argentina. E exatamente como planejado, no dia 29/01/2013 depois de pouco mais de 6 horas de caminhada chegamos ao refúgio Caja onde descansamos. No dia 30/01/3013 as 4 horas da manhã começamos a escalada final no glaciar e as 09h e 20min chegamos ao cume do Vulcão Lanin com 3776m de altitude." Rubens Schroeder

Vulcão Lanin 3.747 m

 

Cume!!!!

 Apoio Salamandra Escola de Montanha


3. Parque Natural Braço Esquerdo.

Durante o quente verão catarinense a temporada de escalada é no setor conhecido por Corupá, já que o verão proporciona as melhores condições do local. Paredes secas, sombra e água fresca.
Novos setores vem se consolidando e recebendo novas vias como o setor Chaminé e um novo setor para iniciantes com vias fáceis e belo visual.

Com relação as cadenas de peso, o destaque ficou por conta do síndico Marcio Gualberto escalador local que mandou nos últimos dias a via SKAWURSKA 10b. Parabéns!!!

Abaixo um vídeo com alguns momentos de Marcio malhando a via.


Chama o síndico!!!!