OS ANOS INOCENTES
Uma primeira vez é sempre marcada de incertezas, expectativas e muita ansiedade, ainda mais para um adolescente.
Quando saí para minha primeira ida a montanha, para escalar o Castelo dos Bugres em alguma data perdida no inverno de 1988, mal sabia que isso daria rumo a minha vida. Já de cara saquei o mundo de possibilidades e aprendizados que as montanhas tinham a oferecer.
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Castelo dos Bugres - Serra do Mar - Joinville/SC |
Naturalmente, logo estávamos praticando escaladas mais comprometidas, ainda que com muito improviso e criatividade.
Ainda na fase do colégio, um amigo de turma, que também estava subindo montanhas conosco, comprou a muito custo o Manual do Montanhista de Cristiano Requião, com esse livro em mãos estudamos e começamos a praticar com afinco as técnicas para escalada em rocha.
O MARCO
Foi então que em 1994, caiu em minhas mãos o Informativo Mountain Voices, com uma propaganda do Curso Básico de Escalada em Rocha promovido pela Montanhismus.
Durante o feriado feriado de 7 de setembro desse mesmo ano, junto com Luciano Sampaio e Djorgian Day parti em direção a Pedra do Baú em São Bento do Sapucaí/SP, para enfim concretizar o aprendizado dos primeiros passos.
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Aula 1 do Curso Básico de Escalada em Rocha - set/94 |
Hoje, a exatos 20 anos do curso, minha motivação em aprender a escalar segue forte e autêntica. Sigo a subir freneticamente pelas pedras e montanhas que vou encontrando em meu trilhar.
Sei que muito tenho ainda a aprender, e a cada nova escalada, vou adquirindo mais experiências e assim lapidando minha forma de ver, sentir e escalar a vida.
Me dedico a profissão de ensinar a escalar montanhas, pois entendo que além das "horas/rocha" passadas nas montanhas é compartilhando nosso conhecimento que firmamos nosso aprendizado.
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350 metros de uma de nova via na Pedra do Córrego, em Pancas no Espírito Santo. |
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Cume Pedra do Córrego, Pancas/ES com Alexandre e Izabela, setembro/2014 |
Nesses anos todos tive muitos mestres que facilitaram meu desenvolvimento, todos foram importantes em seu momento, alguns merecem destaque:
Robson Pires por me emprestar o Manual do Montanhista, Eliseu Frechou pelas primeiras aulas, Ronaldo "Nativo" Franzen pelo legado deixado em São Chico e por abrir as portas do Marumbi, Bito Meyer pelas vias deixadas no Morro da Cruz/SFS onde pude forjar meu estilo, aos parceiros Reginaldo Carvalho, Edmilson Ávila, Edu Pedro e Luana Hudler que sempre estiveram e seguem estando presente nas grandes roubadas e aos meus pais que sempre me apoiaram.
Agradeço também a todos aqueles montanhistas que antes de mim, deixaram seus ensinamentos e rumos, para que possamos seguir a empurrar nossos limites e desenvolver a arte de viver pelas montanhas!!!
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Muito Obrigado. |